A crônica insuficiência de dotação orçamentária das Instituições Públicas de Ensino implica em que a aquisição de equipamentos faça-se sempre ``a conta gotas'', na medida das possibilidades de captação de recursos financeiros. Assim, os equipamentos são comprados em épocas diferentes, de diferentes fornecedores, em diferentes estágios de tecnologia, e mais, as decisões que norteiam estas compras são muitas vezes tomadas por grupos diferentes, formados por pessoas com objetivos diferentes, n'alguns casos a fim de resolver problemas particulares e imediatos.
O resultado a que tende tal conjuntura ao longo do tempo é que o patrimônio resultante constitua um verdadeiro ``Zoológico do Hardware e do Software'', criando problemas técnicos de compatibilidade, segurança, atualização, desempenho etc, que acabam por consumir todas as energias dos responsáveis técnicos.
Aliada à velocidade com que esse tipo de equipamento torna-se obsoleto pelos padrões comerciais, a conjuntura cria uma situação insustentável para a Instituição, que, ainda que consiga administrar a ``Babel Tecnológica'', vê-se constrangida a oferecer aos usuários uma tecnologia cronicamente defasada.
Ainda, a diversidade de sistemas operacionais, com suas respectivas idiosincrasias, grau de aderência a padrões, qualidade de documentação etc, torna o quadro ainda mais dramático. A efetiva interoperabilidade em rede de uma gama tão variada demanda grande carga de trabalho por parte dos administradores do sistema.
Aliada aos sinistros que fazem parte do quotidiano desses ambientes (instabilidade do fornecimento de energia elétrica, `invasões' de rede, usuários maliciosos, falha em periféricos importantes, `virus' e assemelhados etc) a rede do Departamento pode rapidamente transformar-se no pesadelo de administradores e usuários.