Eu estou escrevendo isso aqui sem saber bem sobre o que eu vou escrever. Novamente, eu não estou bem pra conversar sobre coisas legais nem pra dar boas notícias, mas eu definitivamente estou melhor do que eu estava na última vez que atualizei vocês.

Ser queer é um negócio meio maluco. Nem eu sei exatamente o que é se sentir alinhado à um gênero mas não pertencer a ele, ainda que seja exatamente isso que eu sou. Eu não tenho IDEIA do que isso significa de fato, seria tão fácil se eu só soubesse. As vezes eu me sinto meio fake, queria mudar um pouco meu estilo e performar algo mais andrógino mas ao mesmo tempo não sinto estar preparado pra começar a fazer essas coisas.

Voltando um pouco pra tristeza, as vezes eu sinto que eu estagnei. Não necessariamente me sinto como falha ou inútil, mas apenas de que eu estagnei em um estado em que eu não consigo mais ir pra lugar nenhum.
É PÉSSIMO sentir isso, é quase como se eu tivesse chegado no máximo que eu posso oferecer ou ser e eu não estou satisfeito. Eu quero e planejo ser e fazer muito mais mas é difícil me enxergar sendo ou fazendo as coisas. As vezes também sinto que cheguei num ponto de inflexão social tanto quanto acadêmico. Nada mais se desenvolve em mim, não me sinto interessante quanto os outros parecem tentar dizer que sou e eu sequer sei exatamente o que eu sou.
As duas provas que eu tive hoje deram uma leve contribuída para o que eu estou sentindo agora, sim. Sinto que eu performei muito mal academicamente nesse semestre e ao invés de correr atrás eu apenas aceitei a mediocridade sem buscar muita melhora. Não é como se eu tivesse uma carga emocional baixa também, mas as vezes eu sinto que isso não é uma desculpa tão boa. Eu devia só melhorar.

Hoje foi um dia meio reflexivo, e provavelmente não vai ter sido o último. Obrigado por me escutarem, fantasmas digitais.
E obrigado por ler até aqui, stalker estranho. Até a próxima!

É, eu falei que eu ia tentar ser mais frequente por aqui e eu falhei, igual eu falho em todas as coisas que eu tento fazer na minha vida.

Me encontro bem cansado de falhar, e de que jeito melhor de parar de falhar que se livrar da grande falha de ser eu mesmo, não é? Uma pena eu estar fadado a existir no mesmo corpo que eu mesmo até que eu deixe de coexistir com os corpos de todos os outros. Falhei em todos os assuntos que considerava grande nos últimos tempos. Foi C3, PET, sentimentos, amigos, nada deu certo e é difícil olhar um momento em que irá.

Eu sei la o que eu posso escrever aqui além de um bando de moribundisse de alguém que não presta pra muita coisa. Gastando um tempo que eu poderia estar adiantando algum dos 1001 trabalhos que eu tenho pra fazer. Ah, é verdade, a imprestabilidade me impediu de atualizar os fantasmas digitais e os stalkers estranhos sobre a quantidade de trabalhos que tenho pendentes, só mais uma das características que podiam ser muito diferentes em mim, mas que eu não sei. As vezes eu só não sei, só to parado olhando para 3 lados da parede e com medo de voltar para trás tudo por que, no labirinto da vida, eu peguei a curva errada. Várias vezes.

E, enquanto escrevo aqui, olho pro meu site e me lembro de outras 15 pendências que eu deixei por aqui. É claro que eu vou sempre encontrar algo que vai lembrar de algum tipo de incompetência minha mesmo no lugar que eu criei com minhas próprias mãos. E, em algum momento, eu vou olhar no espelho e ver a imagem da única coisa que é garantidamente minha nesse mundo e lembrar como eu existo nesse mundo: como uma massa amorfa feia e gorda. Desgraça. Desgraça. Desgraça. Desgraça. Desgraça. Desgraça.


Eu espero que Steven Universe e os álbuns novos da Lagum e do Rubel me ajudem a me resgatar o mais rápido possível. O pior é saber que a vida vai continuar e que, apesar da minha vontade morta de ir pra faculdade amanhã, eu vou seguir a minha rotina da mesma maneira que eu estava fazendo até agora.

Foi péssimo escrever isso, mas obrigado por me escutarem, fantasmas digitais.
E obrigado por ler até aqui, stalker estranho. Que eu volte a postar coisas felizes.