Balada do Inútil

Quebrada história do indivíduo no prateado.

Eu vi tudo aquilo que ninguém viu, ou pelo menos o que todos dizem não ter visto. Eu sou tudo aquilo que eu vi, mas todos dizem não ver o que sou.

Nunca pensei em enxergar o passado quando eu olho o futuro
Nunca pensei em enxergar no brilho o escuro
Nunca pensei em olhar a mim mesmo quando olho no espelho.
Nunca vi alguém algo erguer do obscuro.

Nunca pensei, sempre imaginei, para sempre invento e para nunca farei.

A mancha é arauto da história antiga.
O punho que encontrou o sempre-destino.
A falta de luz que denuncia a idade.
Daquilo que era pra ter sido meu hino.

É necessário idade para sonhar?
O hereditário de mim mesmo diz sobre o inútil.
O inútil intermediário do nunca.
O para sempre imaginário estudantil.

Desligaram a musicalidade da vida.
Removeram os controles da mão que achava ser precavida.
A ávida esperança atrevida da minha mente.
Morta, esmagada. Inexiste agora, sofrida

Não só agora.
A morte e revida da morte da vida.
Volta, vai, fica e sai, chora.
Pensa, se mata, esperança indevida.


Estamos piores.
Estou nas piores, pensando os piores e vivendo o mecânico.