Video Game Development

Me interessei desde criança por video games, tenho boas memórias do meu pai me levando para cortar o cabelo no centro da cidade e depois irmos até um fliperama, onde eu jogava Metal Slug ou algum jogo de luta (era uma tradição nossa). Tive um Polystation quando pequeno, assim como outras crianças da minha geração, eu imagino. Sempre fui muito mais fã da Nintendo do que da Sony ou da Microsoft(bleh), e nunca entendi essa fascinação com gráficos "realistas" de muitas pessoas.

Meu primeiro contato com criação de jogos eletrônicos foi quando meu primo, com quem eu passava boa parte do meu tempo quando pequeno, e uma das poucas pessoas que eu conhecia que tinha video games ou computador na época, apareceu com um CD, desses de revista, do RPG Maker 2003. A ideia de que qualquer pessoa podia criar um jogo pareceu incrível para mim.

Anos depois, encontrei um programa chamado Game Maker, que poderia criar qualquer tipo de jogo, teoricamente, ao contrário do famigerado RPG Maker, que como o nome indica, era feito especialmente para os jogos de aventura com lutas em turno ao estilo Final Fantasy. Comecei a utiliza-lo, e acabei criando um gosto pela coisa. Logo quis abandonar o sistema de "arrastar-e-clicar ícones" tradicional para criar a lógica dos jogos, e acabei aprendendo minha primeira "linguagem de programação" (script?): o GML (Game Maker Language, duh!).

Nessa época, eu gastava bastante tempo no fórum do Game Maker Brasil e no fórum oficial em inglês lendo tutoriais, fazendo perguntas idiotas e tentando aprender como fazer aquele jogo maluco que eu tinha na minha cabeça de criança de 13 anos. Tenho boas memórias de aprender conceitos avançados de algoritmos que eu só veria novamente anos depois na faculdade (ou nunca veria de novo) como resposta de algum estranho bondozo ou em algum bobo de fazer um personagem fazer X coisa em um jogo.

No ensino médio também aprendi a programar em C (o básico do básico) porque queria tentar fazer um jogo para o meu Nintendo DS(i). Acabei rodando uns exemplos e começando a fazer alguns testes mas nunca nem cheguei perto de fazer nada notável, porque fazer jogos para esse sistema era realmente bem complicado (depois descobri que a biblioteca de terceiros que eu usava também tinha sérios problemas, e que seria melhor usar a oficial da Nintendo, que era bem baixo nível, ou seja, sem chance para alguém de 15 anos, na época). Mesmo assim, aprender o básico de uma linguagem "de verdade" como C me ajudou bastante depois, na faculdade.