O DInf contava em abril de 1999 com o conjunto de equipamentos,
adquiridos ao longo de 10 anos, mostrado na tabela . Esse
quadro aparentemente caótico nada mais é do que um reflexo do melhor
equilíbrio entre a tecnologia e os recursos financeiros disponíveis quando
da aquisição de cada um dos equipamentos distribuídos pelos diversos
laboratórios e grupos existentes.
Os principais serviços (SMTP, HTTP etc) estavam distribuídos por máquinas de diferentes arquiteturas, com seus respectivos sistemas operacionais: havia cinco domínios NIS (um para professores, um para cada categoria de alunos: graduação, pós-graduação, PET e ex-alunos) e um servidor Windows NT, vários servidores de SMTP, HTTP e NFS. O fato de haver vários serviços espalhados por diversas máquinas tornava a configuração do firewall delicada e o resultado foram freqüentes invasões no sistema. Administrar tal rede era tarefa árdua, sobretudo pela dificuldade em gerir os diversos padrões das várias versões de Unix existentes, além do NT.
Desconsiderando os problemas do software, o parque computacional do DInf estava se degradando rapidamente: os servidores baseados em estações Sun, HP, Axil, que abrigavam alguns dos serviços essenciais da Rede, começaram a apresentar problemas de hardware. Como são equipamentos caros e existe muita dificuldade no reaproveitamento de hardware entre elas, estes serviços foram ficando cada vez mais instáveis.
Com relação aos pontos de trabalho destinados ao usuário final, a maior parte deles eram velhos IBM-PCs baseados em processadores 80386 e 80486 com pouca capacidade de disco e memória RAM (em média 100MB de disco e 8MB de memória RAM). Como se não bastasse, vários destes pontos de trabalho apresentavam problemas localizados, tais como monitores fora de foco, teclados e mouses defeituosos, etc.
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Com relação a pessoal técnico qualificado, o DInf contava com apenas um analista de sistemas em dedicação exclusiva ao laboratório com pouca experiência em ambiente Unix. Participavam da admininstração do sistema como voluntários, em maior ou menor medida, professores, alunos de graduação e pós-graduação, que gerenciavam uma ou mais máquinas de maneira anárquica e descoordenada. O total de pessoas com privilégios de administração de pelo menos uma das máquinas da Rede era cerca de 50.
O cenário completa-se quando todas as licenças de sistema operacional estavam vencidas ou por vencer e as negociações com os respectivos representantes comerciais se arrastavam em função dos custos envolvidos.