next up previous
Next: . Up: Aparafusando Parafusos: Um Modelo Previous: O Modelo Proposto


Implementação do Modelo

Nesta seção apresentamos um breve estudo da situação do parque computacional do DInf em abril de 1999, quando da implantação do modelo descrito na seção 2, e em abril de 2001, quando o modelo estava totalmente implantado.

O DInf contava em abril de 1999 com o conjunto de equipamentos, adquiridos ao longo de 10 anos, mostrado na tabela [*]. Esse quadro aparentemente caótico nada mais é do que um reflexo do melhor equilíbrio entre a tecnologia e os recursos financeiros disponíveis quando da aquisição de cada um dos equipamentos distribuídos pelos diversos laboratórios e grupos existentes.

Os principais serviços (SMTP, HTTP etc) estavam distribuídos por máquinas de diferentes arquiteturas, com seus respectivos sistemas operacionais: havia cinco domínios NIS (um para professores, um para cada categoria de alunos: graduação, pós-graduação, PET e ex-alunos) e um servidor Windows NT, vários servidores de SMTP, HTTP e NFS. O fato de haver vários serviços espalhados por diversas máquinas tornava a configuração do firewall delicada e o resultado foram freqüentes invasões no sistema. Administrar tal rede era tarefa árdua, sobretudo pela dificuldade em gerir os diversos padrões das várias versões de Unix existentes, além do NT.

Desconsiderando os problemas do software, o parque computacional do DInf estava se degradando rapidamente: os servidores baseados em estações Sun, HP, Axil, que abrigavam alguns dos serviços essenciais da Rede, começaram a apresentar problemas de hardware. Como são equipamentos caros e existe muita dificuldade no reaproveitamento de hardware entre elas, estes serviços foram ficando cada vez mais instáveis.

Com relação aos pontos de trabalho destinados ao usuário final, a maior parte deles eram velhos IBM-PCs baseados em processadores 80386 e 80486 com pouca capacidade de disco e memória RAM (em média 100MB de disco e 8MB de memória RAM). Como se não bastasse, vários destes pontos de trabalho apresentavam problemas localizados, tais como monitores fora de foco, teclados e mouses defeituosos, etc.


Tabela: Conjunto de equipamentos do DInf em Abril de 1999

QTDE Plataforma Sistema operacional Função na Rede
1 Sun SPARC 2 Sun/OS NFS, CPU
2 Sun IPC Sun/OS estações autônomas
2 Sun ELC Terninal-X
1 Sun Sparc 20 Solaris NFS, CPU
1 Sun Ultra Solaris NFS, CPU
1 HP 710 HP-UX NFS, NIS, CPU
9 HP 705 Terninal-X
2 IBM RISC 6000 AIX NFS, NIS, CPU
2 Axil Sun/OS NFS, NIS, CPU
10 estações NCD Terninal-X
4 IBM-PC Pentium Linux (RedHat, Debian) NFS, NIS, SMTP, DNS,
Windows-NT, server NTP, CPU, NT
20 IBM-PC Pentium Linux (várias distribuições) estações autônomas
Windows-NT com boot dual
3 IBM-PC Pentium II Linux (RedHat, Debian) estações autônomas
1 IBM-PC Pentium Windows-NT, server Servidor NT
15 IBM-PC 80486 Windows-NT, workstation pontos de trabalho
20 IBM-PC 80386 Windows 3.1 pontos de trabalho


Com relação a pessoal técnico qualificado, o DInf contava com apenas um analista de sistemas em dedicação exclusiva ao laboratório com pouca experiência em ambiente Unix. Participavam da admininstração do sistema como voluntários, em maior ou menor medida, professores, alunos de graduação e pós-graduação, que gerenciavam uma ou mais máquinas de maneira anárquica e descoordenada. O total de pessoas com privilégios de administração de pelo menos uma das máquinas da Rede era cerca de 50.

O cenário completa-se quando todas as licenças de sistema operacional estavam vencidas ou por vencer e as negociações com os respectivos representantes comerciais se arrastavam em função dos custos envolvidos.



Subsections
next up previous
Next: . Up: Aparafusando Parafusos: Um Modelo Previous: O Modelo Proposto
Marcos Alexandre Castilho 2001-08-24